Aviões estão caindo, alimentos estão sendo falsificados e contaminados, elevadores estão machucando nossos filhos. Veja aqui a reportagem do acidente do Pedro. Ele é filho do meu amigo Paulo César.
Eu achava que os elevadores eram seguros. Balela! No dia seguinte ao acidente vi que o elevador de meu prédio também se movimenta com a porta aberta. Vejam outro caso.
É triste constatar que as falhas se sucedem e não há ações corretivas adequadas orientadas à eliminação da causa raiz das mesmas. Ao invés disto temos burocracia para estabelecer fatos visando facilitar a defesa em caso de reclamações judiciais. E não a efetiva prevenção.
- Você acha que a placa “antes de entrar no elevador verifique...........” pode evitar acidentes se o elevador apresentar este tipo de falha?
- E sobre o laudo de inspeção da prefeitura? Devemos parar de usar o elevador até não recebermos este laudo?
- Podemos acreditar no selo SIF do leite?
- E na qualidade dos produtos e serviços certificados conforme ISO 9000 por entidades que nada entendem do assunto, mas que a norma lhes permite auditar sem saber do que se trata?
O acidente do Pedro é para mim um exemplo claro do silencio de quem deveria ao menos dizer o quê estão fazendo para que não ocorra nunca mais.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
ANÁLISE DE FALHAS – FERRAMENTA DE MANUTENÇÃO
Esta palestra foi desenvolvida especialmente para divulgar a necessidade e as vantagens de realizar Análises de Falhas para auxiliar os profissionais responsáveis pela manutenção de indústrias.
O objetivo principal é transmitir conceitos básicos de aplicação prática e imediata
Dentre os temas que serão abordados se destacam:
Como obter e tornar permanentes os benefícios das análises de falhas.
Como ganhar dinheiro e prestigio analisando falhas.
Domínio dos conceitos fundamentais sem tornar-se um especialista.
Quais são os mecanismos de dano que podem afetar as instalações e equipamentos industriais.
Como fazer para reconhecê-los, monitorá-los e combatê-los.
Posso fazer a parte inicial da investigação e treinar meus colaboradores para fazer-lo também.
Que cuidados devo ter para tirar amostras para o laboratório.
Aprendendo sobre a aplicabilidade dos ensaios e testes de laboratório.
Aprendendo a interpretar os resultados dos ensaios de laboratório.
Conhecimento dos aspectos normativos e legais relacionados com as falhas.
Detalhes sobre análises de falhas comuns.
Duração aproximada 1 hora.
Sem limitação de participantes.
Não são necessários recursos audiovisuais.
Palestra Gratuita.
Palestrante: Eduardo Rafael Bernasconi, diretor da Labotest Consultoria e Tecnologia Ltda. Especialista em análise de falhas com 38 anos de atuação.
Veja mais detalhes aqui
O objetivo principal é transmitir conceitos básicos de aplicação prática e imediata
Dentre os temas que serão abordados se destacam:
Como obter e tornar permanentes os benefícios das análises de falhas.
Como ganhar dinheiro e prestigio analisando falhas.
Domínio dos conceitos fundamentais sem tornar-se um especialista.
Quais são os mecanismos de dano que podem afetar as instalações e equipamentos industriais.
Como fazer para reconhecê-los, monitorá-los e combatê-los.
Posso fazer a parte inicial da investigação e treinar meus colaboradores para fazer-lo também.
Que cuidados devo ter para tirar amostras para o laboratório.
Aprendendo sobre a aplicabilidade dos ensaios e testes de laboratório.
Aprendendo a interpretar os resultados dos ensaios de laboratório.
Conhecimento dos aspectos normativos e legais relacionados com as falhas.
Detalhes sobre análises de falhas comuns.
Duração aproximada 1 hora.
Sem limitação de participantes.
Não são necessários recursos audiovisuais.
Palestra Gratuita.
Palestrante: Eduardo Rafael Bernasconi, diretor da Labotest Consultoria e Tecnologia Ltda. Especialista em análise de falhas com 38 anos de atuação.
Veja mais detalhes aqui
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Fragilização por hidrogênio
Você já viu este tipo de dano por hidrogênio?
A fotomicrografia mostrada acima pertence a um tubo de caldeira que foi afetado por corrosão sob depósitos. A conseqüência deste mecanismo foi à perda de ductilidade do material devido aos vazios junto à perlita do aço carbono.
A causa raiz desta falha foi o descontrole do tratamento da água da caldeira que propiciou os depósitos nos locais de maior intensidade de troca térmica na fornalha.
Veja o trabalho completo aqui.
Existem mais tipos de danos por hidrogênio – Fragilização, Empolamento e outros.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
A caixa de água de Pelotas e a Estação da Luz
Ao redor de 1875 foram construídos em Paris vários equipamentos para o sistema de abastecimento de água potável da cidade de Pelotas – RS. Em 1999 quase todos ainda se encontravam em operação, neste ano porem foi necessário fazer uma avaliação da integridade estrutural na caixa de água da Praça Piratinino de Almeida, a construção mais bonita do conjunto.
Trata-se de um reservatório de água elevado, fabricado em peças de ferro fundido encaixadas como telhas, formando um diafragma na base, e duas paredes verticais que com um teto de telhas zincadas completa um toróide de seção trapezoidal. Pois é, um toróide em cujo espaço central há uma escada caracol que leva a um mirante com bancos de ferro estilo Luis XV de onde se avistam as copas das arvores da praça, os telhados da vizinhança e o horizonte da planície gaúcha. Eu imagino que no fim do século 19 os caçais pelotenses deviam disputar tão bucólico lugar, para namorar.
A avaliação foi feita como conseqüência de um incidente que me foi relatado quando cheguei lá para fazer o trabalho.
Um homossexual tinha descoberto que estava com AIDS e decidiu suicidar-se. Na caixa de água. Subiu no mirante, abriu um buraco nas telhas e atirou-se, com o propósito de afogar-se. Para o lado errado. Para sorte dos consumidores, não caiu na água. Em realidade atirou-se dentro da coluna que sustenta a escada caracol – um tubo de quase 80 cm de diâmetro.
Os bombeiros tiveram que abrir um furo na parede do tubo para tirar o suicida fracassado; com algumas escoriações apenas.
Depois disto se especulou sobre a integridade da famigerada caixa de água:
- Será que a estrutura foi abalada?
- É melhor derrubá-la para que não caia na cabeça das pessoas!
- Imagina! É quase um monumento. Deve ser restaurada!
Formaram-se dois bandos na cidade, um a favor e outro contra a caixa de água. E claro, uns e outros, tentando influenciar aos que estávamos trabalhando, literalmente em praça pública.
Colaborei na avaliação da estrutura depois do “sinistro” e o resultado foi a favor da caixa da água, nenhum elemento estrutural tinha sido danificado. Nem sequer alguns vazamentos produto da corrosão da manta de chumbo que veda o interior do reservatório colocaram em dúvida a integridade desta obra da engenharia francesa.
Creio que continua operando até hoje. Certamente prestava seu serviço centenário em 2003.
Este episódio reafirmou algumas convicções colhidas no meu trajeto em prol da boa manutenção:
- Equipamentos que operam satisfatoriamente por períodos prolongados não caem de velhos de uma hora para outra.
- A falta de manutenção preventiva é endêmica.
- Quanto maior a ignorância sobre o equipamento maior é a tendência das pessoas em adotar “soluções” fáceis e definitivas.
- Um incidente como o relatado dispara ações a favor e contra, conforme as conveniências.
- Muita energia despendida, reuniões intermináveis e quase ninguém aprende nada.
- São contabilizados apenas os resultados.
E a estação da Luz?
Foi fabricada em Inglaterra em 1889 e montada em São Paulo entre 1895 e 1901.
Um dia quase caiu; ou pelo menos alguém achou que cairia, mas esta estória eu conto outro dia.
Trata-se de um reservatório de água elevado, fabricado em peças de ferro fundido encaixadas como telhas, formando um diafragma na base, e duas paredes verticais que com um teto de telhas zincadas completa um toróide de seção trapezoidal. Pois é, um toróide em cujo espaço central há uma escada caracol que leva a um mirante com bancos de ferro estilo Luis XV de onde se avistam as copas das arvores da praça, os telhados da vizinhança e o horizonte da planície gaúcha. Eu imagino que no fim do século 19 os caçais pelotenses deviam disputar tão bucólico lugar, para namorar.
A avaliação foi feita como conseqüência de um incidente que me foi relatado quando cheguei lá para fazer o trabalho.
Um homossexual tinha descoberto que estava com AIDS e decidiu suicidar-se. Na caixa de água. Subiu no mirante, abriu um buraco nas telhas e atirou-se, com o propósito de afogar-se. Para o lado errado. Para sorte dos consumidores, não caiu na água. Em realidade atirou-se dentro da coluna que sustenta a escada caracol – um tubo de quase 80 cm de diâmetro.
Os bombeiros tiveram que abrir um furo na parede do tubo para tirar o suicida fracassado; com algumas escoriações apenas.
Depois disto se especulou sobre a integridade da famigerada caixa de água:
- Será que a estrutura foi abalada?
- É melhor derrubá-la para que não caia na cabeça das pessoas!
- Imagina! É quase um monumento. Deve ser restaurada!
Formaram-se dois bandos na cidade, um a favor e outro contra a caixa de água. E claro, uns e outros, tentando influenciar aos que estávamos trabalhando, literalmente em praça pública.
Colaborei na avaliação da estrutura depois do “sinistro” e o resultado foi a favor da caixa da água, nenhum elemento estrutural tinha sido danificado. Nem sequer alguns vazamentos produto da corrosão da manta de chumbo que veda o interior do reservatório colocaram em dúvida a integridade desta obra da engenharia francesa.
Creio que continua operando até hoje. Certamente prestava seu serviço centenário em 2003.
Este episódio reafirmou algumas convicções colhidas no meu trajeto em prol da boa manutenção:
- Equipamentos que operam satisfatoriamente por períodos prolongados não caem de velhos de uma hora para outra.
- A falta de manutenção preventiva é endêmica.
- Quanto maior a ignorância sobre o equipamento maior é a tendência das pessoas em adotar “soluções” fáceis e definitivas.
- Um incidente como o relatado dispara ações a favor e contra, conforme as conveniências.
- Muita energia despendida, reuniões intermináveis e quase ninguém aprende nada.
- São contabilizados apenas os resultados.
E a estação da Luz?
Foi fabricada em Inglaterra em 1889 e montada em São Paulo entre 1895 e 1901.
Um dia quase caiu; ou pelo menos alguém achou que cairia, mas esta estória eu conto outro dia.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Aço inoxidável austenítico magnético - contaminado com carbono?
O esforço feito para evitar a contaminação do aço inoxidável austenítico com aço carbono durante a fabricação de equipamentos, é a meu ver a fonte de uma confusão. O engano consiste em achar que "o aço inoxidável pega imã quando está contaminado com carbono".
Antes de abordar a questão do magnetismo, quero explicar que a contaminação da superfície do aço inoxidável austenítico (série 300) deve ser evitada para que não ocorram danos, sob os locais contaminados, principalmente corrosão sob depósitos e corrosão galvânica. É muito perigosa, também, a contaminação durante a soldagem do aço inoxidável, onde como conseqüência do aumento de carbono, na região fundida, resulta na redução de sua resistência à corrosão.
Este tipo de aço deveria ser totalmente austenítico a temperatura ambiente e consequentemente amagnético. Mas dependendo da composição química pode apresentar ferrita o que lhe confere leve magnetismo. Quando deformado plasticamente (dobrado, estampado, conformado, etc.) a austeníta transforma em martensita e também o torna magnético.
Nada a ver com carbono.
As soldas de aço inox usualmente contêm ferrita (agulhas escuras à direita) para evitar fissuração a quente e são levemente magnéticas.
O contrario do mito.
Austeníta poligonal não deformada – amagnética.
Austeníta transformada em martensita por deformação plástica – magnética.
Pegue um imã e divirta-se!
Antes de abordar a questão do magnetismo, quero explicar que a contaminação da superfície do aço inoxidável austenítico (série 300) deve ser evitada para que não ocorram danos, sob os locais contaminados, principalmente corrosão sob depósitos e corrosão galvânica. É muito perigosa, também, a contaminação durante a soldagem do aço inoxidável, onde como conseqüência do aumento de carbono, na região fundida, resulta na redução de sua resistência à corrosão.
Este tipo de aço deveria ser totalmente austenítico a temperatura ambiente e consequentemente amagnético. Mas dependendo da composição química pode apresentar ferrita o que lhe confere leve magnetismo. Quando deformado plasticamente (dobrado, estampado, conformado, etc.) a austeníta transforma em martensita e também o torna magnético.
Nada a ver com carbono.
As soldas de aço inox usualmente contêm ferrita (agulhas escuras à direita) para evitar fissuração a quente e são levemente magnéticas.
Uma forma de prever se um material pode conter ferrita e ser magnético é utilizando o diagrama de Schaeffler (abaixo). Conhecida a composição química do aço se calculam o Cromo e o Níquel equivalente para saber qual vai ser a microestrutura resultante. Veja que quanto maior o Níquel equivalente maior é a tendência do material ser austenítico.
No calculo do Ni eq. o Carbono é multiplicado por 30, ou seja, quanto mais carbono maior é a tendência do material ser austenítico e amagnético.O contrario do mito.
Austeníta poligonal não deformada – amagnética.
Pegue um imã e divirta-se!
segunda-feira, 28 de maio de 2007
5W + H no conceito de Análise de Falhas ©
What - O que é, e o que não é, análise de falha?
Análise de falha é uma atividade destinada a descobrir e eliminar a causa raiz da mesma. É uma tarefa complexa que envolve várias etapas, agentes e metodologias.
A simples análise de uma amostra em laboratório não pode ser considerada uma análise de falha completa. Usualmente no laboratório é identificado apenas o mecanismo de degradação ou o defeito de fabricação que iniciou ou contribuiu com a ocorrência da falha.
Imaginemos que queremos saber a causa da fratura de um eixo e depois de examiná-la em laboratório nos informam que foi por fadiga.
Será que o laboratório pode nos informar se o material era o especificado?
E no caso de não ser, pode informar se este desvio foi a causa da fratura?
Ou seja, a simples análise da amostra permitirá ao laboratório inferir dados de projeto e operação, fundamentais para resolver o problema?
Provavelmente a resposta para as três perguntas é não.
Para fazer corretamente uma análise de falha e responder a todas as perguntas sugiro a seguinte abordagem:
No início, conhecemos apenas a conseqüência da falha (eixo fraturado). Precisamos saber qual foi o mecanismo de degradação (ruptura frágil, fadiga, etc.), as propriedades do material e sob quais condições estava operando (dentro ou fora do especificado). Qual é o histórico (projeto, fabricação, operação, manutenção, outras falhas, etc.) e finalmente (para não inventar a roda) verificar o que dizem as normas e a bibliografia sobre este assunto.
Why – Por que são feitas análises de falhas?
A grande maioria das falhas de elementos de máquinas e equipamentos de processo são repetitivas e dependentes de mecanismos bem conhecidos.
A identificação dos mecanismos atuantes e a quantificação dos parâmetros que os governam são os itens principais de uma análise de falha.
Uma vez conhecidos os mecanismos de degradação, e como eles atuam é possível:
- Eliminar complemente as falhas futuras,
- Minimizá-las, ou
- Conhecer a velocidade de evolução de forma a programar manutenções preventivas.
Não é incomum que as falhas sejam provocadas por desvios de fabricação, operação e/ou manutenção. Assim a identificação da etapa ou agente responsável, através de uma analise bem sucedida, pode auxiliar na administração correta das despesas decorrentes da falha.
Aprender, acumular experiência e dirimir responsabilidades são os objetivos a alcançar na análise de falhas. E isto nos levará aos seguintes benefícios:
- Aumentar a segurança das pessoas e preservar o meio ambiente.
- Eliminar perdas de produção.
- Aumentar a confiabilidade.
How - Como se faz e como não se deve fazer análise de falhas?
O procedimento correto de análise de falhas deve conter o questionamento de todas as etapas da existência do equipamento, máquina ou sistema que falhou. Projeto, Fabricação, Operação e Manutenção.
Nada pode ser deixado de lado, sem que o investigador conheça. Estamos falando de fatos, nada de conclusões por ora.
Frequentemente são tiradas conclusões apressadas sobre a causa da falha desprezando assim qualquer outro caminho para a solução. Isto leva muitas vezes à frustração:
- Acho que a causa é o material, manda ao laboratório!
-
- Não foi o material?
- Bom, agora já perdemos tempo e evidencias!
-
- Vamos torcer para que a solução que adotamos funcione!
When - Quando deve ser feita uma análise de falha?
Esta pergunta tem respostas adequadas para cada nível de preocupação – por ordem de importância:
- Sempre que signifique risco à segurança das pessoas ou ao meio ambiente.
- Sempre que provoque perda de produção (lucro cessante) importante.
- Nunca se conhecemos a causa e resistimos em aceitá-la.
- A analise formal da falha tem que começar imediatamente depois de detectada. É de vital importância examinar logo as circunstancias da falha e as evidencias que em muitos casos formam parte do cenário sinistrado, o qual se pretende restabelecer ou normalizar prontamente.
- Quanto às superfícies de fratura ou perdas de espessura resultantes da falha, que vão ser examinadas no laboratório, não se deve esperar muito tempo para proceder às analises sob pena de perder ou destruir parcialmente as evidencias.
Who - Quem faz análise de falhas?
Uma comissão de investigação de falhas que pode ser composta por técnicos pertencentes ao staff da companhia, com o auxilio de consultores e/ou serviços de terceiros.
O staff da companhia fornece os dados sobre o equipamento ou sistema que falhou. Os consultores orientam a investigação e contribuem com a experiência de ter analisado casos similares. Os serviços de terceiros complementam as investigações.
Eu costumo fazer analogias com o diagnostico em medicina:
O paciente ou doente (equipamento ou sistema que falhou + as pessoas envolvidas) consulta o médico (consultor + comissão de análise de falha) que recomenda análises clinicas (ensaios e exames de laboratório) para depois diagnosticar a doença (causa raiz da falha) e seu tratamento (recomendações para eliminá-la).
Fazendo a mesma analogia muitas vezes observo procedimentos duvidosos para eliminar falhas:
Quem diz que precisa de médico? - Manda logo uma amostra de sangue ao laboratório, espera o resultado e vai à farmácia comprar o remédio certo; o farmacêutico ajuda.
Where – Onde são feitas as análises de falha?
O sucesso de uma analise de falha depende da boa condução de duas etapas de investigação que ocorrem em locais bem diferentes:
A investigação de campo é sem duvida a etapa mais importante porque nela são determinadas as circunstancias em que a falha ocorreu e outros detalhes necessários para fechar o encadeamento lógico para que a analise seja conclusiva.
Como exemplo disto pode-se citar que nesta etapa são colhidas as amostras que serão examinadas no laboratório. Se esta amostragem for pouco representativa ou de alguma outra forma errada, todo o trabalho de laboratório e por conseqüência a segunda etapa de investigação estará perdida, ou pior, dará resultados que podem comprometer a qualidade da conclusão.
A investigação remota ou no laboratório é a etapa na qual são executados ensaios, exames, análises, e cálculos para identificar e quantificar os mecanismos de degradação e os parâmetros que provocaram a falha.
Nesta etapa alguns fatores como manuseio das amostras e as técnicas de investigação utilizadas são de fundamental importância para a qualidade da conclusão.
A boa condução destas duas etapas significa:
- Inicialmente formular ou caracterizar corretamente a falha, planejar a análise considerando os dados do histórico, especificar corretamente as análises, ensaios e exames.
- Executar as atividades planejadas e interpretar seus resultados durante a investigação.
- Alinhavando depois todas as informações obtidas e cruzando-as com os dados da bibliografia especializada de tal forma a expor de forma lógica a seqüência de fatos que levaram à falha.Por último são formuladas as recomendações aplicáveis para as ações derivadas da análise, que permitirão resolver o problema.
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